adormecer

o acto de adormecer é belo. não falo do lado de fora, falo daqui. sim, daqui! corres a persiana e ligas-te ao teu mundo. olhas para o teu céu e as nuvens têm as cores que bem queres. ou que nem sonhas que queres mas sim, esse desejo está lá. ou não têm (as nuvens) as cores mas desejarias que tivessem, que fossem vibrantes e constantes. assim como o vento. e o mar onde te queres banhar vezes sem conta contando as ondículas e os seixos que te batem nos pés. espreguiças-te e estremeces. o rugir das tuas articulações assusta-te, ruboresce-te a face, molha-te a fronte. suspiras, reviras. enrolas-te.
e de novo... adormeces.

Sem comentários:

Enviar um comentário